POST-PUNK Brasil
Foi no dia 12 de dezembro de 2021 que, oficialmente, o intitulado (e já cultuado) evento Post-Punk Brasil deu seu primeiro passo na mais lógica casa noturna para tal tipo tão peculiar de pessoas que bebem da fonte do submundo dos bons sons; o Madame Club (outrora Madame Satã). Inerente as noites paulistanas, o Madame é inegavelmente, e oficialmente, um patrimônio da cidade de São Paulo, considerando sua história já tão extensa, e abrigo de criaturas tão sublimes.
Pois bem. A história do Madame não é o ponto focal aqui e agora. O grande lance, a grande sacada está no tal Post-Punk Brasil.
O evento tem como proposta apresentar novos artistas e nomes já conhecidos do público nos anos 2000/2010, além de tentar resgatar bandas nacionais dos anos 80 e 90 ainda em atividade, ou dispostas a um reencontro no palco do Madame, que atualmente conta com uma estrutura muito mais arrojada e completa para eventos desse porte.
Em sua primeira edição, como quem pretende alçar voos não baixos, o evento trouxe, logo de cara um dos ícones do pós-punk nacional oitentista que dispensa apresentações: a Varsóvia. Pois sim! Varsóvia, naquela noite, dividiu o palco com a nova safra do que podemos chamar coldwave, o Anum Preto; pseudônimo de Aerson Moreira, o geólogo e multi instrumentista cearense recém chegado em SP, logo se apresentou na casa das casas ao lado de hinos como “Noites” e No Front” (Varsóvia).
A segunda edição aconteceria em 16 de janeiro de 2022, com ninguém menos que o Finis Africæ, com abertura do Stenamina Boat, porém o evento fora adiado para 09 de abril devido ao avanço da variante Ômicron em SP. Dito isso, para um público menor, com as devidas restrições, o Post-Punk Brasil encaixou para um domingo, o dia 13 de fevereiro de 2022 um pocket edition com o projeto de Vini Ferreira, chamado Flor Concreta, que traz toda sua influência de bandas darkwave dos anos 80 em uma atmosfera obscura e surrealista.
Certo. Após o textão, fica claro que estamos falando de algo promissor, com propósito e vontade de afirmar o nosso submundo, e unir forças a outros que tentam manter o post-punk brasileiro no mapa, a chama sempre acesa.
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